Fotobiomodulação: lançando luz sobre o poder restaurador dos LEDs

LEDS e dermatologistas: uma revolução

Digamos com clareza: para um dermatologista, a associação “luz” e “cuidados com a pele” não era necessariamente evidente. Certamente, durante muitos anos, o laser provou seu valor: eficácia devido ao que se poderia chamar de “dano controlado” causado pelo calor difuso. Como é o caso, por exemplo, no tratamento da rosácea (os vasos ficam coagulados, “cozidos como clara de ovo”), ou no tratamento de rugas (os lasers criam uma minúscula fibrose que tensiona a pele).

Então, quando os LEDS foram apresentados aos dermatologistas em 2004, eles abalaram suas crenças! A dúvida pairava sobre a eficácia destas lâmpadas que quase não emitiam calor... Mas ficou claro que os efeitos desta nova técnica eram muito reais: o início de uma nova visão de cuidados com a pele através da luz.

Numerosos estudos foram posteriormente publicados sobre o assunto e os dermatologistas começaram a testar a “fotobiomodulação”, ou seja, o efeito da luz LED nas células vivas, como parte de tratamentos antirrugas. Eu mesmo fui um dos primeiros a fazer a experiência em meu escritório. Especialista em laserterapia, para mim foi uma ótima alternativa aos lasers remodeladores, que ajudaram a reduzir rugas evitando crostas e vermelhidão. Uma técnica sem risco de queimaduras, menos invasiva e que ganhou adeptos de imediato.

LEDS e reparação da pele: resultados esclarecedores

A delicadeza deste tratamento é, sem dúvida, uma das chaves do entusiasmo que gerou. É por isso que rapidamente o ofereci aos meus pacientes.

Com o tempo, como muitos outros dermatologistas, pude notar resultados significativos:

• Uma redução de pequenas rugas após aproximadamente dois meses
• Melhor brilho da pele
• Uma redução da inflamação e da dor causada, em poucos minutos
• Aceleração da cura
• Uma redução na acne
• Ação em manchas, cicatrizes pigmentadas e máscaras de gravidez

Ainda mais surpreendente, também foi observado um efeito de “bem-estar” ao longo das sessões. A luz dos LEDs funcionaria assim como um desestressor, um verdadeiro difusor de boas ondas. Uma realidade que também medi e apresentei em diversas conferências em França e nos Estados Unidos.

Utilizados no tratamento de problemas de pele, os LEDS também são uma excelente forma de potencializar os resultados dos produtos de beleza. Estudos têm demonstrado que um creme é mais eficaz se for acompanhado de uma sessão leve, seja logo antes ou logo após a sua aplicação, ou ainda associado a algumas sessões intermitentes quando usado diariamente.

LEDS e pacientes: uma história que dura

Praticamente desconhecida do grande público em 2006, esta técnica continua a agradar a todas as gerações, mesmo às mais jovens, sensíveis a uma abordagem mais “natural”, que assenta nas propriedades benéficas de determinadas cores de luz. Também é uma boa maneira de conciliá-los com a medicina.

Popular entre todos aqueles que buscam cuidados de “conforto”, esse tratamento também traz uma vantagem essencial para os dermatologistas e seus pacientes: pode ser oferecido em qualquer estação do ano e em todas as cores de pele.

Reconhecida pelas suas propriedades analgésicas e pela suavidade do seu protocolo, também pareceu natural a utilização da fotobiomodulação para reduzir a dor causada por tratamentos pesados, como é o caso da oncologia para tratar inflamações da pele e da boca causadas por radioterapia e quimioterapia respetivamente. Uma alternativa à morfina que proporciona alívio em apenas alguns minutos.

Restauradora, preservadora da beleza e criadora de bem-estar, a tecnologia LED provou ser uma grande descoberta. Hoje tem o seu lugar na nossa casa na forma de aparelhos fáceis de usar, que cuidam da nossa pele e do nosso estado psicológico... enfim, da nossa vida!